Seria só mais um dia de praia normal como tantos outros. O diferencial foi que assim que começamos a ajeitar nossas coisas para ficarmos à vontade, dei de cara com ele, o cara que costumo dizer que é o meu número: careca, barbudo, peludo, magro, extremamente branco, acima dos 30. Assim eu fico louco!
E foi desse jeito que o observei, percebi que ele fez o mesmo, até que os olhos se cruzaram e pronto: começou o tal jogo. Encara daqui, encara de lá, não desvia os olhos por minutos e minutos e eu todo agitado. A respiração ficou tão ofegante de tesão que meu amigo perguntou:
Por que você está bufando, viado?
E eu, nada prolixo (o que é raro), olhos nos olhos do cara:
Por nada.
Até que o troço ficou insuportável e aconselhei-me com o korn:
Estou a uma boa meia hora flertando com aquele gringo. Você acha que devo ir lá?
Você tem certeza de que ele está a fim?
ABSOLUTA!!
Então se joga!
E fui. Comecei com aquele papo besta de oi, fala português, de onde é, blablablá? mas sem conseguir deixar de ficar muito perto (boca respirando perto da outra boca), sustentando a conversinha fiada até que não deu mais e beijei.
E esqueci do mundo. Não tive vergonha de que a excitação que explodia em meu corpo se tornasse nítida para os transeuntes. Como poderia disfarçar?
Quando nos demos conta, já era quase noite. E fomos juntos para o hotel. E brincamos por horas e horas e horas. E nos banhamos. E passeamos. E jantamos. E foi bom demais.
São "loucuras" assim que tornam a vida divertida e as pessoas interessantes.
Estou feliz pelo meu último domingo. A auto-estima lá em cima...
Êita vidinha mais ou menos...
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