sábado, 11 de junho de 2005

Uma trilha sonora minha

Uma vez assisti ao Herbert Vianna dando entrevista naquele programa da MTV chamado Pé na cozinha (Antigo... E tão bom...). Não, esse post não é sobre ele nem sobre os Paralamas (nunca fui grande fã de ambos). Foi só uma coisa que ele disse à Astrid. Algo parecido com isso:

"Eu tenho que ser humilde e reconhecer que o máximo que posso conseguir com música é fazer trilha sonora para as vidas de algumas pessoas."

Apesar dos protestos da entrevistadora, em parte concordo com o cara. Só não aceito que ele tenha que ser humilde por causa disso...

Tem coisa mais gratificante do que criar a trilha sonora pra vida de alguém?

Tipo o Reveal, do REM... Comprei-o em 2001, último ano em que morei em Manaus. Finalmente tinha parado de sentir dor por causa daquele meu único-namoro-super-traumático e estava começando a me recuperar dos fracassos acadêmicos, profissionais, familiares e financeiros decorridos dele.

Era uma época de paz interior. Estava solitário. Bastante solitário, aliás... Mas sabe quando rola aquela resignação tranqüila? Acho que queria aquela falta de companhia...

Então o CD do REM refletia mais ou menos o que eu era naquele momento, com as melodias melancólicas e as letras "pra cima", logo, não saía do meu antigo discman podreira.

The sun reflected in
The back of my eye.
I knocked my head against the sky.


Neste momento, estou ouvindo-o. E deu saudades. Não da solidão, pois, apesar de tudo, ela continua aqui, mas da tranqüilidade de conviver com ela. É disso que sinto falta...

Ai, ai...

Ao som de Beat a drum, do REM (a da letra citada acima)

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