sábado, 16 de julho de 2005

Passeio na cidade

Como ontem foi o último dia em que dei aulas antes do recesso escolar, resolvi fazer algo diferente. Ando com saudades dos amigos, como venho dizendo aqui e liguei para o André perguntando se ele estava a fim de dar uma volta por aí. O engraçado foi que, depois de ele ter topado, bateu-me uma vontade de cancelar tudo e de voltar pra casa. Muito estranho. Depois de uns meses me forçando a não sair, dá preguiça de bundear de novo, mas tive força de vontade e parti para o Centro. Desde quando eu nego fogo?

Fomos a dois sebos e eu me joguei nas revistas antigas de X-MEN. Até consegui o número 1 daquela antiga editada pela abril! Tudo a R$1,50! A bolsa ficou pesada de tanto gibi. :-) Depois, andamos por uns antiquários e foi engraçado sentir os cheiros de coisas velhas e ver guarda-roupas. Tudo isso me lembrou tanto as casas dos meus avós na época em que eles eram vivos e a gente ia todo ano visitá-los... Melancolia!

E ando cada dia mais apaixonado pela cidade. Tipo as pedras portuguesas. Um dia eu peguei um táxi e o motorista reclamava da retirada delas da Visconde de Pirajá depois das obras do Rio Cidade. "São a cara do Rio", ele disse. E passei a reparar no chão os bairros e é fato: Seja na Barra, Recreio, Ipanema, Copacabana, Centro, Méier, Madureira ou Realengo, a gente sempre vai achar alguma calçada coberta e decorada com tal material. Tudo bem que nem sempre está bem tratado, mas achei tão charme! Sei lá... Dá uma identidade! Ok, acho que estou viajando.

E a gente entrou por acaso no Passeio Público também. Nossa, é incrível como há lugares que sempre estiveram lá e pelos quais a gente passa e nunca dá a devida atenção! Fiquei fascinado com a tranqüilidade e beleza daquele que foi o primeiro jardim público do país. Uma verdadeira maravilha no meio do Centro enlouquecido da cidade.

E lembrei que bem ao lado dele estava o Palácio Monroe, que foi demolido na década de 70 a pretexto de nada. Maior tristeza que me deu. Pois é. Passar a Andar por aí com o André foi o que despertou em mim e curiosidade pela história e pelas belezas da cidade. Cada dia que passa fico mais contente de ter voltado a morar aqui. :-)

No fim do dia, encontramos com uma amiga de trabalho dele e sentamos no Amarelinho para eu tomar uns chopps. Ninguém acompanhou na bebedeira, mas eu estava sentindo tanta vontade... E fui embora naquele estado semi-bebum que eu adoro...

Espero que as férias rendam bastante. Será tão bom não ter que acordar tão cedo... Agora é o final do processo da dissertação. Ainda bem que terei bastante tempo para me dedicar!

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