domingo, 5 de novembro de 2006

Síndrome de Muriel

Ando me sentindo como a Muriel. Uma frase que ela diz à Rhonda ficou martelando na cabeça. Era algo assim:

Quando eu morava em Porpoise Spit, tudo o que fazia era passar horas e horas ouvindo ABBA. Agora, eu não ouço mais, pois minha vida está tão boa quanto a música deles.

E eu vos digo que quando eu morava em Realengo, tudo o que fazia era ficar o dia inteiro na internet teclando e escrevendo no blog. Agora, não faço mais isso, pois minha vida está tão boa quanto a internet e o blog.

O lance é que sinto falta de conhecer gente. TODAS as pessoas mais presentes hoje em dia no meu cotidiano (com exceção da Fernanda) entraram nele direta ou indiretamente por meio da internet. E, às vezes, penso que não ter vontade de escrever para o blog é também a decisão de não parar para pensar sobre os problemas, as coisas que vêm acontecendo. Uma tendência à anestesiamento da cabeça.

De qualquer forma, não consigo deixar de pensar que esse post só está saindo porque me encontro num final de feriado com um zilhão de provas para corrigir na mesa. De repente encarar os problemas me parece mais interessante do que encarar correções...

Nenhum comentário: