segunda-feira, 28 de abril de 2008

É sempre assim. Antes de um dia de trabalho, sempre durmo pouco, afinal, dificilmente não tenho alguma coisa para fazer, seja prova para corrigir ou para elaborar, seja um planejamento, uma preparação de aula, coisas assim. Tenho dificuldade de concentração à tarde. E, geralmente, estou cansado demais porque dormi pouco na noite anterior, andei muito de ônibus pela cidade e lecionei seis tempos a manhã inteira usando de bastante força para poder controlar os alunos. Acaba virando um ciclo vicioso do sono não realizado.

Ontem fiquei preparando as trimestrais. Uma trabalheira do cão. O bom da madrugada é que estou tão desesperado para dormir que me concentro bastante, mas, infelizmente, só consegui me deitar 1h30min.

Acordei às 5h40min, pois tinha deixado tudo preparado: roupa passada e separada, mochila arrumada, sanduíches prontos para a merenda, suco light de maracujá na jarra, casa organizadinha.

6h20min peguei a van que me leva ao Recreio. Ela passa pontualmente a essa hora, com as mesmas pessoas, inclusive a Márcia, mas não conversamos essa manhã. Ela colocou um fone no ouvido e eu fiquei com os olhos fechados tentando dormir mais um pouco, mas não deu, pois as duas professoras de educação infantil de alguma escola da Barra não paravam de conversar alto. Elas todos os dias fazem isso, as malas. Já estou acostumado. Vacas.

Ao descermos a rua da escola, o Pauline nos ofereceu carona. Entramos no carro. Aquela coisa de "bom dia!" e "tudo bem?". Resposta inesperada dele: as coisas não estavam bem. Sua mãe havia morrido e ele acabara de receber a notícia. Vendo-o chorar pelo retrovisor, lembrei-me, inesperadamente, de que hoje é o aniversário da minha e que ela fica chateada se não damos logo os parabéns. De preferência, à meia-noite.

Caramba! Tão absorto estava nos meus afazeres e na minha rotinazinha que só assim lembrei dessa data!

Cheguei à escola, fui para sala de aula, liguei para mamãe (bateu uma saudade), distribuí os testes sobre o livro, falei pela 27a. vez que não era para consultar a obra, ouvi as lamentações dos que não leram, neguei segundas oportunidades, dei uma ou duas broncas, comecei a escrever este post à mão.

A vida adulta é dura, difícil. A gente trabalha pra caralho, tem que cuidar de si, pagar contas, manter a casa arrumada, levar bronca de chefe, fazer atividade física, comer bem, amar (e controlar os ímpetos da paixão), saber mexer com dinheiro!

Só lembrei do aniversário de minha mãe porque o Pauline perdeu a sua. Vira e mexe perco meu eixo com PK, não tenho dinheiro para porra nenhuma, engordei 4kg, estou novamento com provas e provas para corrigir. É angustiante!

Preciso arranjar um jeito de dar conta de tudo!

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