quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Em círculos

Ao viajar para o reveillón na cidade dos meus pais e reencontrar muitos membros da minha família, cheguei à conclusão de que as pessoas dificilmente mudam. Evoluem aqui, envelhecem ali, ganham dinheiro lá, separam-se acólá, mas basicamente são sempre as mesmas histórias...

Como a tia que sempre tem grandes conflitos com todos que estão muito próximos, ou como a prima mentirosa que só valoriza dinheiro, ou como a outra tia que tem filhos horríveis e marido terrível e que só lamenta sobre todos e sobre como abusam dela e nunca percebe que isso ocorre porque os ama tão incondicionalmente que é incapaz de dar a todos qualquer limite.

Sempre me sinto muito esnobe e metido quando observo e avalio tão criticamente os outros.

Mas a verdade é que sou os outros. Ao criticá-los, só vejo o que está em mim. Também não mudo, vivo nas mesmas histórias. Separo-me, namoro, fico solteiro, faço mestrado, ganho mal, ganho bem... Circunstâncias superficiais se pensar que

continuo namorando pessoas que abusam, terminando com a sensação de que fui um idiota;

continuo, quando sozinho, tendo um comportamento compulsivo e auto-destrutivo com sexo;

continuo deixando tudo que se refere a trabalho para última hora, ficando sempre na corda bamba;

continuo não guardando dinheiro, não importa a renda.

Queria entender por que é tão difícil sair dos próprios padrões... Mais do que isso: gostaria de ter a fórmula de fazer diferente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sinto falta de vc... Pelos seus ultimos posts, acho que vc deve andar extremamente sozinho. Nao sei se sozinho fisicamente, mas certamente na alma... ter alguem perto que te escute e nao apenas te ouça. Bem, espero que fiques bem,.. nao e pq vc me expulsou da sua vida e eu nem tive o direito de saber o porque, e que vou torcer para vc se ferrar, pelo contrario... Espero que vc fique muito bem; eu gosto de vc...