Ao viajar para o reveillón na cidade dos meus pais e reencontrar muitos membros da minha família, cheguei à conclusão de que as pessoas dificilmente mudam. Evoluem aqui, envelhecem ali, ganham dinheiro lá, separam-se acólá, mas basicamente são sempre as mesmas histórias...
Como a tia que sempre tem grandes conflitos com todos que estão muito próximos, ou como a prima mentirosa que só valoriza dinheiro, ou como a outra tia que tem filhos horríveis e marido terrível e que só lamenta sobre todos e sobre como abusam dela e nunca percebe que isso ocorre porque os ama tão incondicionalmente que é incapaz de dar a todos qualquer limite.
Sempre me sinto muito esnobe e metido quando observo e avalio tão criticamente os outros.
Mas a verdade é que sou os outros. Ao criticá-los, só vejo o que está em mim. Também não mudo, vivo nas mesmas histórias. Separo-me, namoro, fico solteiro, faço mestrado, ganho mal, ganho bem... Circunstâncias superficiais se pensar que
continuo namorando pessoas que abusam, terminando com a sensação de que fui um idiota;
continuo, quando sozinho, tendo um comportamento compulsivo e auto-destrutivo com sexo;
continuo deixando tudo que se refere a trabalho para última hora, ficando sempre na corda bamba;
continuo não guardando dinheiro, não importa a renda.
Queria entender por que é tão difícil sair dos próprios padrões... Mais do que isso: gostaria de ter a fórmula de fazer diferente.
Um comentário:
Sinto falta de vc... Pelos seus ultimos posts, acho que vc deve andar extremamente sozinho. Nao sei se sozinho fisicamente, mas certamente na alma... ter alguem perto que te escute e nao apenas te ouça. Bem, espero que fiques bem,.. nao e pq vc me expulsou da sua vida e eu nem tive o direito de saber o porque, e que vou torcer para vc se ferrar, pelo contrario... Espero que vc fique muito bem; eu gosto de vc...
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