segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Recebi um email cujo remetente tinha meu nome e sobrenome. Quando abri, saquei que era vírus, mas, muito estranho: uma antiga conta por mim abandonada havia de fato mandado. Fui lá averiguar e foi coisa simples de resolver. "Eu" estava mandando vírus para uma galera enorme!

Numa dessas coisas obsessivas de organização que às vezes me dá, resolvi limpar a caixa de entrada, que tinha quase duas mil porcarias. Fui fazendo a faxina até que cheguei à época em que efetivamente usava o endereço como meio de comunicação...

Com os emails, acho perdemos o hábito de guardar as correspondências. Vira e mexe saem edições de cartas de escritores famosos falecidos antes da era virtual. É sempre um prazer ler. Adoro! Chorei e ri muito com as cartas do Caio. Parei também de acreditar nessa onda de figura-mítica-sobrehumana que associaram à Clarice. Em especial por conta de quando ela escreve ao filho dizendo que ficou horas numa fila de escola para matriculá-lo. Quer coisa mais normal?

Eu tenho uma caixa de cartas no armário. Coisa da adolescência que nunca tive coragem de jogar fora. Na verdade, tenho uma coisa com papéis em geral. Preciso dos meus livros e gibis sempre por perto, à mostra, à disposição. Tenho desconfiança desses livros eletrônicos.

E qual não foi a minha surpresa ao reler emails antigos que eu nem mais lembrava que haviam existido? Sempre fui adepto de Outlook e, vira e mexe, mudam-se ou formatam-se os computadores... Comecei a reler coisas tentando entender em que contexto elas se encaixavam.

Então revivi coisas que aconteceram há poucos anos, mesmo parecendo que tenham ocorrido há quase uma década. Lembrei de carinhas por quem paguei paixões muito tolas, de amigos que foram embora porque sumi, porque mandei que fossem, por que quiseram ou porque a vida é assim mesmo.

Nesse momento de reclusão e de repensar a vida, fico tentando achar um jeito de ser menos doido nas minhas relações para deixar que antigos erros não se repitam. Acessar meu email abandonado pode não me dar essa resposta, mas me deu a sensação gostosa da saudade (mesmo que eu não queira voltar àqueles dias...).

Muitos emails eram de avisos do orkut de mensagens que havia recebido numa conta que não mais existe. Não tive como revê-las...

Daqui a pouco email também será obsoleto...

Ah! Não quero perder as mensagens que recebi ou receberei nessas redes sociais. Sei lá, vou dar algum jeito fazer um histórico do meu Facebook.

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