segunda-feira, 9 de maio de 2011

Vira-e-mexe fico terrivelmente desesperançoso com tudo no mundo e morro de tristeza.

Acho que isso tem um fundo bem fútil e se deve ao fato de que, entre outras coisas, quando vejo o preço dos imóveis no Rio de Janeiro, cada vez fica mais claro que o meu lugar é Jacarepaguá.

Isso se eu for muito otimista com as minhas possibilidades de crédito no ano de 2014, quando as minhas dívidas finalmente acabam e quando acho que será possível financiar algo minimamente interessante.

Tem um lado meu que não esquece a Zona Sul... Aquela coisa decadente e solta, perto de áreas de lazer fácil e cheia de gente bonita com a cuca fresca... Ai, ai.

Estou aqui expondo da maneira mais honesta possível uma das minhas facetas mais vergonhosas e que mais me custam caro na vida: essa tendência de sonhar com uma vida mais glamourosa e tentar vivê-la a (quase - porque nunca perco a honestidade) qualquer custo.

Seria tão bom se eu tivesse saído da casa dos meus pais com mais planejamento... Não devia ter ido a Laranjeiras. Não podia ter me apaixonado por um cara que só tinha uma capa interessante e uma tendência a buscar uma vida glamourosa parecida com a minha só que com muito menos caráter. Jamais, jamais, jamais poderia ceder ao impulso completamente imbecil de viver com ele em Copacabana.

Só que eu fiz isso tudo porque me deixei levar pelos meus delírios de consumo e não me enxerguei de frente e vi meu valor real financeiro e moral, porque, afinal, eu não tinha dinheiro para nada disso e não me tornei uma pessoa melhor por fazer tanta merda.

Não dá pra desfazer as tolices. O que tenho são R$1.200,00 descontados todos os meses do meu salário para pagá-las.

Mas há coisas boas e não posso esquecê-las. Há alguns poucos amigos que tentam me dar força para aguentar. E tem também os alunos cheios de possibilidades e de animação pra vida. Eles fazem minha desesperança ir embora com tanto idealismo e ingenuidade. Sem contar nos cães... Mas acho que é melhor falar menos disso, pois devo parecer meio louco na minha paixão por eles. Ah, e é preciso lembrar sempre das plantas...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu sempre, sempre, sempre, amo tudo q vc escreve aqui.
Acho que talvez, seja melhor q análise.
Tenho muito orgulho de vc.