quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ontem falei pra ele que quando estiver velho, aposentado, penso em morar em alguma cidade pequena numa casinha com espaço para jardim e para os cães.

Ele disse que só pensa no aqui e agora. Não costuma se imaginar velho e jamais sairia do Rio.

Ele tem uma simplicidade que me encanta. Gosto quando vem aqui.

Lembrei que eu costumava ser assim. Talvez fosse por estar muito concentrado em estudar, em sobreviver ao trabalho, nas minhas paixões. Atualmente vivo planejando o futuro.

A minha analista diz que o que dá sentido à vida é isso: as metas, os planos...

Eu vivo sonhando com a minha casa. Em ter um lugar meu de verdade.

Eu penso nos meus cães e quero estar perto deles em todas as fases de suas vidas. Eu aproveito ao máximo o Miró no pouco tempo que lhe resta. E eu o amo tanto. Eu os amo tanto.

Eu espero que o papagaio viva muito e bem e que eu sempre faça parte disso. Eu o amo também.

Eu quero ser vizinho da Fernanda a vida inteira. Eu a amo tanto.

Também nunca quero ter outra faxineira que não seja a Tereza. Eu acho que a amo.

Eu espero ver meus pais felizes morando na casa de São João da Barra. Eu os amo.

Eu quero ter crianças na minha vida...

Às vezes me dá um desânimo. Especialmente quando penso no quanto falta para pagar o que devo. Tenho a sensação que minha vida se resume a: pagar. Mas não desisto: um dia termina.

E fico imaginando como seria envelhecer. Acho que deve ser legal chegar lá.

Um comentário:

Tatiana disse...

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