segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

No último dia de trabalho, a Fernanda me achou muito esquisito quando saímos.

_ O que você tem? Seu astral está péssimo.

Nem tinha percebido. Daí vim com uma metáfora que não me saiu mais da cabeça:

_ A sensação que tenho é a de que sobrevivi a um acidente de automóvel, saca? Estou vivo, mas nem por isso feliz, pois um ocorrido como esse deixa traumas. É assim que me sinto com este fim de ano da escola. Exatamente assim.

Que coisa estranha o trabalho. É um lugar de tantas realizações, de prazeres, mas aí vêm as pessoas e complicam tudo com suas vaidades, disputas de poder, inseguranças. Realmente acho que 90% da população precisa de fazer análise. Talvez tivéssemos menos estresse. Pelo menos os meus só ocorrem mesmo por conta das paranoias das pessoas. Quando estou em casa, não tenho neura alguma. Vivo em paz, molhando o jardim, cuidando dos bichos, da casa, da roupa, vendo novela, lendo...

Sei lá. Nos meus devaneios de que ganhei na Mega sena, sempre achei que continuaria trabalhando. Agora, acho que não. Pediria demissão e iria ficar estudando por lazer, coisas assim. Eu adoro alunos em geral, mas lidar com os colegas é muito, muito chato!

Aí fica parecendo que agora, sim, com as férias, vivo a minha vida: os cães em volta, a casa pra cuidar, os amigos visitando, o Alexandre vindo aqui...

Estou feliz.

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