quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Anteontem fui dormir super tarde para reorganizar as coisas depois de um fim de semana refugiado na casa da Fernanda por conta da dedetização. Lavei três máquinas de roupas, ajeitei a cadela que resgatei da rua na área de serviço por conta do cio que surgiu sexta, exato dia em que finalmente tinha conseguido marcar a castração na prefeitura.

Ontem acordei super cedo para voltar à academia, cuidar de todos os bichos e ir trabalhar. Passei o dia na escola, fui fazer a prova da PUC, cheguei umas 22h30min.

Qual não foi a minha surpresa ao ver que a obra do prédio atrás da casinha mexeu no muro. Sujou a roupa inteira de poeira, desprendeu trechos da cerca-faca colocada para proteger a propriedade de invasões. A visão do artefato ameaçador de metal pendendo a meio metro do chão foi desesperadora: e se tivesse caído e a cadela se machucado?

Os amigos não podem ficar com ela. Não posso criticá-los, pois estão certos: quem inventou de catar da rua fui eu, logo cabe a mim lidar com toda a confusão.

Hoje falei com os responsáveis pela construção do prédio. Resolveram o perigo.

Mas estou cansado, sabe? Vou chegar tarde e vai ter um monte de coisas para se fazer em casa. Tenho dormido pouco.

Estou triste. A sensação é a de que fazer o bem não vale a pena. Minha vida não estaria tão complicada se eu não tivesse recolhido a Dulce. Estaria dormindo bem, com mais dinheiro e tranquilidade.

E ela estaria morta.

Essa conclusão me enoja.

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